sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Psicografia extraída da Revista Espírita, edição outubro 1860

MARTE
Médium – Sra. Costel









Marte é um planeta inferior à Terra, da qual é grosseiro esboço; não é necessário habitá-lo. Marte é a primeira encarnação dos mais grosseiros demônios. Os seres que o habitam são rudimentares; têm a forma humana, mas sem nenhuma beleza; têm todos os instintos do homem, sem a nobreza da bondade.
Entregues às necessidades materiais, comem, bebem, batem-se, acasalam-se. Mas como Deus não abandona nenhuma de suas criaturas, no fundo das trevas de sua inteligência jaz latente o vago conhecimento de si mesmos, mais ou menos desenvolvido. Esse instinto é suficiente para torná-los superiores uns aos outros e preparar a eclosão para uma vida mais completa. A deles é curta como a dos insetos efêmeros. Os homens, que são apenas matéria, desaparecem após curta evolução. Deus tem horror ao mal e só o tolera como servindo de princípio ao bem. Ele abrevia o seu reino, sobre o qual triunfa a ressurreição.
Nesse planeta a terra é árida; pouca verdura; uma folhagem sombria, que a primavera não renova; um dia igual e cinzento. Apenas aparente, o Sol jamais prodigaliza suas festas; o tempo escoa monótono, sem as alternativas e as esperanças das novas estações; não é inverno, não é verão. Mais curto, o dia não é medido do mesmo modo; a noite reina mais longa. Sem indústria, sem invenções, os habitantes de Marte consomem a vida à procura de alimento. Suas grosseiras habitações, baixas como um casebre, são repugnantes pela incúria e pela desordem que nelas reinam. As mulheres se destacam sobre os homens; mais abandonadas, mais famélicas, não passam de suas fêmeas. Têm apenas o sentimento maternal; dão à luz com facilidade, sem nenhuma angústia; alimentam e guardam seus filhos a seu lado, até o completo desenvolvimento de suas forças, e os expulsam sem pesar e sem saudade.
Não são canibais; suas contínuas batalhas não têm outro objetivo que não seja a posse de um terreno mais ou menos abundante em caça. Caçam nas planícies intermináveis. Inquietos e instáveis como os seres desprovidos de inteligência, deslocam-se incessantemente. A igualdade da estação, a mesma em toda parte, comporta, em conseqüência, as mesmas necessidades e as mesmas ocupações; há pouca diferença entre os habitantes de um e de outro hemisfério.
Para eles a morte não representa nenhum pavor ou mistério; consideram-na apenas como a putrefação do corpo, que queimam imediatamente. Quando um desses homens vai morrer, logo é abandonado; então, só e deitado, pensa pela primeira vez; um vago instinto o assalta; como a andorinha advertida da próxima estação, sente que nem tudo está acabado, que vai recomeçar alguma coisa desconhecida. Não é bastante inteligente para supor, temer ou esperar, mas calcula, às pressas, suas vitórias e derrotas; pensa no número de caças que abateu e se regozija ou se aflige conforme os resultados obtidos. Sua mulher – só têm uma por vez, embora possam trocá-las sempre que lhes convêm – agachada à entrada, atira seixos no ar; quando formam um montículo, ela julga que chegou a hora e se aventura a olhar para o interior; se suas previsões se tiverem realizado, se o homem estiver morto, ela entra sem um grito, sem uma lágrima, despoja-o da pele de animais que
o envolve, vai friamente avisar seus vizinhos, que transportam o corpo e o incineram, tão logo esfria.
Os animais, que por toda parte sofrem os reflexos humanos, são mais selvagens, mais cruéis que em qualquer outro lugar. O cão e o lobo são uma só e mesma espécie, incessantemente em luta com o homem, que, contra eles, se entrega a combates encarniçados. Aliás, menos numerosos, menos variados que na Terra, os animais são a miniatura deles mesmos.
Os elementos têm a cólera cega do caos; o mar furioso separa os continentes sem navegação possível; o vento ruge e curva as árvores até o solo; as águas submergem as terras ingratas, que não fecunda; o terreno não oferece as mesmas condições geológicas da Terra; o fogo não o aquece; os vulcões são desconhecidos; as montanhas, pouco elevadas, não oferecem nenhuma beleza; fatigam o olhar e desencorajam a exploração; enfim, por toda parte, monotonia e violência; por toda parte a flor sem cor e sem perfume, por toda parte o homem sem previdência, matando para sobreviver.
Georges


Psicografia extraída da Revista Espírita, edição outubro de 1860

JÚPITER
Médium – Sra. Costel

Infinitamente maior que a Terra, o planeta Júpiter não apresenta o mesmo aspecto. É inundado por uma luz pura e brilhante, que ilumina sem ofuscar. As árvores, as flores, os insetos, os animais, dos quais os vossos são o ponto de partida, ali são maiores e aperfeiçoados; a Natureza é mais grandiosa e mais
variada; a temperatura é igual e deliciosa; a harmonia das esferas encanta os olhos e os ouvidos. A forma dos seres que o habitam é a mesma que a vossa, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo purificada. Não somos submetidos às condições materiais de vossa natureza: não temos as necessidades, nem as doenças que lhes são conseqüência. Somos almas revestidas de um envoltório diáfano, que conserva os traços de nossas passadas migrações; aparecemos
aos amigos tal como nos conheceram, porém iluminados por uma luz divina, transfigurados por nossas impressões interiores, que são sempre elevadas.
Como a Terra, Júpiter é dividido num grande número de países de aspectos variados, mas não de clima. As diferenças de condições são determinadas apenas pela superioridade moral e de inteligência; não há senhores nem escravos; os mais elevados graus são marcados somente pelas comunicações mais diretas e mais freqüentes com os Espíritos puros e pelas mais importantes funções que nos são confiadas. Vossas habitações não vos podem dar nenhuma idéia das nossas, pois não temos as mesmas necessidades. Cultivamos as artes, chegadas a um grau de perfeição desconhecida entre vós. Gozamos de espetáculos sublimes; entre
eles, o que mais admiramos, à medida que melhor compreendemos, é o da inesgotável variedade das criações, variedades harmoniosas que têm o mesmo ponto de partida e se aperfeiçoam no mesmo sentido. Todos os sentimentos ternos e elevados da natureza humana, nós os encontramos engrandecidos e purificados, e o
desejo incessante que temos, de alcançar o plano dos Espíritos puros, não é um tormento, mas uma nobre ambição que nos impele ao aperfeiçoamento. Estudamos incessantemente, com amor, para nos elevarmos até eles, o que também fazem os seres inferiores para nos igualarem. Vossos pequenos ódios, vossos ciúmes
mesquinhos nos são desconhecidos; um laço de amor e de fraternidade nos une: os mais fortes ajudam os mais fracos. Em vosso mundo tendes necessidade da sombra do mal para sentir o bem, da noite para admirar a luz, da doença para apreciar a saúde.
Aqui, esses contrastes não são necessários; a eterna luz, a eterna bondade, a calma eterna da alma nos cumulam de uma eterna alegria. Eis o que o Espírito humano tem mais dificuldade para compreender: se foi engenhoso para pintar os tormentos do inferno, jamais pôde representar as alegrias do céu. E por quê?
Porque, sendo inferior, só tendo suportado sofrimentos e misérias, não foi capaz de entrever as claridades celestes; não vos pode falar senão do que conhece, como o viajante descreve os países que percorreu. Mas, à medida que se eleva e se depura, o horizonte se aclara e ele compreende o bem que está à sua frente, como
compreendeu o mal que ficou para trás.
Já outros Espíritos tentaram vos fazer compreender, tanto quanto o permite a vossa natureza, o estado dos mundos felizes, a fim de vos estimular a seguir o único caminho que a eles pode conduzir. Mas há entre vós os que estão de tal modo ligados à matéria, que ainda preferem as alegrias materiais da Terra às
alegrias puras, reservadas ao homem que sabe desligar-se delas. Que gozem, pois, enquanto estão aqui! Porque um triste revés os espera, talvez mesmo nesta vida. Os que escolhemos para nossos intérpretes são os primeiros a receber a luz. Infelizes, sobretudo, os que não aproveitam o favor que Deus lhes concede, porquanto sua justiça pesará sobre eles!
Georges

sábado, 28 de maio de 2011

IX ENCONTRO REGIONAL DE MOCIDADES



IX ENCONTRO REGIONAL DE MOCIDADES




REGIONAL CAMPINAS - AEE




LOCAL: ITUPEVA - SÃO PAULO


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Psicografia de Dom Helder Câmara

Dom Hélder se manifesta...

"NOVAS UTOPIAS

Recentemente foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico trazendo as reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao Espírito Dom Helder Câmara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1.999 em Recife, Pernambuco.É do conhecimento geral, principalmente dos católicos brasileiros: Dom Elder Câmara foi um dos fundadores da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro, cuja luta, nesse processo político da nossa história, o notabilizou no mundo todo, como uma das figuras mais expressivas do século XX, na defesa dos fracos contra a tirania dos fortes e dos pobres contra a usura dos ricos. Pregava uma igreja simples voltada para os pobres e a não-violência. Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi indicado quatro vezes para o prêmio Nobel da Paz.
Em 1969 - Doutor Honoris Causa, pela Universidade de Saint Louis, Estados Unidos. Este mesmo título foi-lhe conferido por diversas universidades brasileiras e estrangeiras: Bélgica, Suíça, Alemanha, Holanda, Itália, Canadá e Estados Unidos. Foi intitulado cidadão honorário de 28 cidades brasileiras e da cidade de São Nicolau, na Suiça e Rocamadour, na França.
Recebeu o prêmio Martin Luther King, nos EUA e o prêmio Popular da Paz, na Noruega e diversos outros prêmios internacionais.
Por isso, o livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio espírita e grande polêmica entre os católicos. O que causou mais espanto entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom Helder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões. Marcelo Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1.966 a 1.975 e tem 30 livros publicados.Ao prefaciar o livro Novas Utopias, do Espírito Dom Helder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade de suas idéias e, também, pela linguagem, é como se a Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimatur do Vaticano. É importante destacar, ainda, que os direitos autorais do livro foram divididos em partes iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade Espírita Ermance Dufaux e ao Instituto Dom Helder Câmara, de Recife, o que, aliás, foi aceito pela instituição católica, sem nenhum constrangimento.
No prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo Inácio Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora Jordana Gonçalves Leão, ambos ligados a Igreja Católica. Conforme eles mesmos disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada aos espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da população dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a verdade espiritual, porque "os tempos são chegados"; estes ensinamentos pertencem à natureza e, conseqüentemente, a todos os filhos de Deus.
A verdade espiritual não é propriedade dos espíritas ou de outros que professam estes ensinamentos e, talvez, porque, tenha chegado o momento da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência espiritual, a vida depois da morte e a comunicação entre os dois mundos.
Na entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores, o Espírito comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual:Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade.
Do outro lado da vida, o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento ou ainda encontra muitas barreiras com o preconceito religioso?
Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em determinados pontos que não levam a nada. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.
Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado?Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que pensam semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade.
Como é sua rotina de trabalho?
A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma. Levanto-me, porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que faço com muito prazer.
Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria?Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo.O senhor, depois de desencarnado. Tem estado com freqüência nos centros espíritas?Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente. Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente não é na casa espírita.
O senhor já era reencarnacionista antes de morrer?
Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural.
Mediunidade - Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente?Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.
Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica?Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É esse o grande de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas semelhantes.Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.
Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual. Por que Dom Helder é quem está escrevendo?
Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam dentro de um caixão e nos dizem "acabou-se". Eu já pensava que continuaria a existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas vezes. Então, sentir a necessidade de me expressar por um médium, quando estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou fazendo.
Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso país?Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.
Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira?Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro.
O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade?Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia, inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.
É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física?
Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o plano físico depois da morte seria uma conseqüência natural. Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas espirituais.
Igreja - Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?
Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral.
Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade?
Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração. Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau. Eu posso ter uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução. Queira Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece.
O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel?Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão mais ampliada das coisas. Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática.
Espíritas no futuro?
Não tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja, ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais. Portanto, mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e todos os outros princípios que naturalmente decorrem da vida espiritual.
Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual?
Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades. Então, dizer um nome ou de outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao próximo.
Amor - Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora depois da morte?
Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora da humanidade.
Que mensagem o senhor deixaria para nós espíritas?
Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por nós não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços.
Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral?Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar. "

Livro: Novas Utopias
Autor: Dom Helder Câmara (espírito)
Médium: Carlos Pereira
Editora: Dufaux
site: http://www.editoradufaux.com.br/

6 de abril



Olá Amigos...


Estamos em contato agora com vocês para contar uma coisa, importantíssima do movimento espírita: foi no dia 6 de abril de 1950, que teve início a Primeira Turma de Escola de Aprendizes do Evangelho. Ela inicou na Federação Espírita de São Paulo, e hoje está disseminada pelo Brasil e o exterior, com o objetivo de Evangelizar os seres, trazendo-os ao auto-conhecimento e transformação interior.


E você!!! Já fez ou pensa em fazer uma EAE no futuro?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Qual é a sua escolha para a camiseta do Encontro Regional?

Queridos amigos mocidônicos, agora que já escolhemos o tema do nosso tão esperado Encontro Regional falta apenas a escolha da nossa camiseta (frase e desenho), escolha uma das opções abaixo e vote na nossa enquete ao lado:

1 -  Mocidade onda de amor e caridade (desenho 1)

2 - Mocidade onda de amor e caridade (desenho 2)

3 - Na verdade é eterno o nosso caminhar

4 - Jesus, caridade e mocidade

terça-feira, 19 de abril de 2011

18 de abril.....que será que tem?

Olá Amigos...
Queria compartilhar com vocês de um acontecimento importantíssimo! Pois é!!! No dia 18 de abril do ano de 1857 foi reallizada a primeira edição de O Livro dos Espíritos. Isso mesmo; lembra daquele moço...um tal de Allan Kardec, que foi responsável pela codificação? Pois então, ele mesmo através dos Espíritos Superiores codificou este livro. Quem é espírita não pode deixar de lê-lo.

A missão de Kardec era delicada. Era imperioso que a Doutrina dos Espíritos, como derradeira esperança, fosse implantada. A primeira edição serviu como um teste para aferir a aceitação dos ensinamentos espíritas, por parte do público, na forma em que eram apresentados.

O codificador, homem dotado de larga visão, percebendo os pontos em relação aos quais a humanidade não reunia condições para assimilá-los, sentiu a necessidade de reformular a forma de apresentá-los, sem, contudo, alterar a essência doutrinária. Por isso, em 18 de março de 1860, saiu uma segunda edição, que se tornou a definitiva.

Portanto, amigos, leiam esta obra...e bons aprendizados!